Entender o conceito dessas expressões é fundamental para avaliar a qualificação de um candidato para uma vaga ou mesmo para mensurar a importância de um colaborador. Para começar, vamos entender o seu significado literal.
A palavra “skills”, traduzida do inglês, significa “habilidades”. Assim, o entendimento de que ambos os conceitos falam sobre as aptidões de uma pessoa é intuitivo. Não é possível, porém, traduzir os termos completos de forma literal e, ao mesmo tempo, manter o seu significado. Por isso, vamos explicá-los detalhadamente a seguir.
Hard skills
As hard skills, por muito tempo, foram a principal fonte de análise de um profissional. Não é difícil entender o motivo. Por natureza, elas são habilidades profissionais que podem ser mensuradas de alguma forma. Por conta disso, são facilmente identificáveis, seja pela apresentação de um diploma ou pela proficiência em uma língua estrangeira.
As hard skills, portanto, são as habilidades que podem ser facilmente aprendidas (e ensinadas) por meio de cursos, treinamentos, workshops etc. De forma simples, podemos conceituá-las como as aptidões técnicas de um profissional. Sendo assim, vamos olhar alguns exemplos:
- conhecimento em uma língua estrangeira;
- graduação;
- cursos técnicos;
- mestrados e doutorados;
- conhecimento na operação de máquinas e ferramentas;
- habilidades ligadas à informática.
Por serem facilmente reconhecíveis, essas informações geralmente constam no currículo de qualquer candidato. Obviamente, as hard skills mais relevantes dependem das necessidades da empresa e do tipo de cargo a ser exercido pelo profissional.
As habilidades técnicas são certamente as mais fáceis de serem analisadas. Porém, com o desenvolvimento profissional, não contam mais com o mesmo apelo diferencial de outrora. Hoje, as soft skills recebem muita importância no processo seletivo. Vamos entendê-las!
Soft Skills
Ao contrário das hard skills, as soft skills são mais difíceis de quantificar e reconhecer. Trata-se de habilidades sociocomportamentais, ligadas diretamente às aptidões mentais de um candidato e à capacidade de lidar positivamente com fatores emocionais.
As soft skills são difíceis de compreender uma vez que envolvem mais que um curso ou um certificado. Elas abrangem toda a experiência psicossocial de uma pessoa, o que também faz com que sejam habilidades mais complicadas de serem ensinadas ou assimiladas.
Sua importância na avaliação de um colaborador vem crescendo graças à mudança de paradigma ocorrida dentro das empresas nos últimos anos. De nada adianta contar com profissionais tecnicamente capacitados, mas que tenham dificuldade em lidar com ambientes de pressão ou de trabalho colaborativo. Vamos checar alguns exemplos de soft skills:
- comunicação interpessoal;
- capacidade de persuasão;
- proatividade;
- resolução de conflitos;
- capacidade de trabalhar sob pressão;
- senso de liderança;
- capacidade analítica.
Pela dificuldade em serem comprovadas em um primeiro contato, essas competências costumam ser menos citadas em currículos, exigindo que o grupo de recrutadores seja capaz de identificá-las. A realização de dinâmicas de grupo é uma ferramenta muito utilizada para observar e avaliar soft skills.
Qual a importância de hard skills e soft skills para a empresa?
Agora que entendemos o que são as hard skills e soft skills e quais são suas principais diferenças, é hora de entender como elas influenciam o ambiente empresarial. Evidentemente, os conceitos podem (e devem) ser fatores influenciadores durante o processo de recrutamento e seleção de candidatos. Porém, seu impacto envolve outros aspectos. Vamos citar alguns deles.
– O clima organizacional
O clima organizacional diz respeito à percepção que os trabalhadores têm sobre a instituição. Entre os aspectos que o afetam estão: condições de trabalho, estrutura, relacionamento com colegas etc. Portanto, para manter um bom clima organizacional, é preciso encontrar um equilíbrio entre ambos os tipos de habilidades.
Se um colaborador não conta com as hard skills necessárias para o seu cargo, por exemplo, pode gerar problemas na operação que causarão danos à organização da empresa. Do mesmo modo, a falta de soft skills tornará impossível que o relacionamento entre subordinados e líderes seja saudável, afetando diretamente as condições de trabalho.
– A gestão de projetos
Os modelos operacionais atualmente se inclinam cada vez mais para o autogerenciamento de equipes. Ou seja, profissionais de todas as escalas devem ser capazes de gerir diretamente o andamento de algum processo. Essa capacidade é dependente tanto de soft quanto de hard skills.
Contar com habilidades técnicas é imprescindível para que as tarefas sejam realizadas sem problemas relacionados à operação de hardwares ou softwares. Por outro lado, as habilidades sociocomportamentais são exigidas para que a gestão de projetos seja feita de forma eficiente, sem conflitos internos e com o desenvolvimento de estratégias eficientes.
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