Vejam as dicas do diretor de RH da NASA para sobreviver ao futuro do trabalho!

Robert Gibbs, À frente do departamento de recursos humanos da NASA é Graduado em administração de empresas pela Universidade de Washington. Na agência espacial norte-americana, atua desde 2017, liderando o time que desenha as políticas de RH de uma força de trabalho bastante diversificada, com 17 mil funcionários federais e entre 30 mil e 40 mil contratados. Na entrevista a seguir dada para a revista EXAME em novembro desse ano, ele fala sobre o futuro do trabalho e das organizações.

Quais são suas principais medidas à frente do RH da Nasa?

A Nasa está procurando ser mais eficiente e efetiva no suporte às missões e envolve o RH nisso. Estamos procurando trazer mais tecnologia, dados, inteligência artificial e learning machine ao nosso negócio. Estabelecemos parcerias com algumas das melhores companhias do mundo, como Google e IBM, que vão nos ajudar nessa jornada.

Como a Nasa pode inspirar as empresas a engajar os funcionários?

O primeiro passo para engajar é conhecer o seu negócio, as pessoas e as atividades que precisam ser feitas. Também é fundamental ser transparente com a sua força de trabalho. O que faz a Nasa diferente é que a gente se preocupa com a missão e faz um trabalho com propósito. A liderança se preocupa com as pessoas. Esses princípios estão presentes em nosso dia a dia.

Como você mede os resultados?

Temos uma métrica de custo e uma de eficiência para sabermos quanto de recursos a gente usa. Conversamos muito com os colaboradores para verificar se há problemas críticos. Essa também é uma forma de mensurar.

Quais lições como gestor de RH da Nasa você pode compartilhar?

A maior lição é a intenção positiva: fazer as pessoas trabalharem nas coisas certas pelas razões certas. Isso muda o jogo.

Que tipo de transformações devem ocorrer nas empresas nos próximos anos?

Eu acredito que a gente deve ser melhor no uso de dados para tomar decisões. Uma das grandes mudanças é entender como as pessoas vivem, o que fazem e aonde vão e, a partir disso, mudar as políticas baseada em dados.

Qual o papel do líder para gerar mudanças?

Eu acredito que os líderes têm que ser honestos e genuínos com a força de trabalho. Vi muitas vezes como os colaboradores reagem quando o líder não é honesto e tenta representar um tipo de liderança. Também vejo como a reação é positiva quando você mostra quem você é, sem representar.

Como deve ser o futuro das pessoas no trabalho?

Primeiramente, é necessário entender os processos e o negócio. Vejo pessoas correndo atrás de tecnologia, mas, na verdade, elas não sabem o que estão fazendo. A chance de sucesso é maior quando ocorre o contrário. Acredito que a maior tecnologia que irá direcionar o trabalho daqui pra frente é a automação. Ela vai liberar as pessoas para trabalharem mais próximas umas das outras e também dos problemas.

E os funcionários, como devem se preparar para serem competitivos no mercado de trabalho?

As pessoas devem ter conhecimentos diversificados, não ser muito especialistas, fechadas numa área. Eu aconselho os profissionais a fazerem várias coisas. Da mesma forma, habilidades técnicas e comportamentais devem ser desenvolvidas sempre. Não se pode apostar em uma e esquecer da outra.

Fonte: Revista Exame, Novembro de 2019

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