A modernidade que agiliza processos foi a base para a superação da pandemia. Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, desde o início da crise do novo coronavírus, empresas com tecnologias de indústria 4.0 lucraram mais, conseguiram manter ou até ampliar o quadro de funcionários.
“Pesquisa, desenvolvimento e inovação, que é o grande gerador de produtividade e competitividade, garantem o longo prazo e uma trajetória de desenvolvimento econômico”, afirma Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI).
A pandemia mostrou que era preciso investir ainda mais. Na Maximu’s, o projetista costumava projetar o produto no computador, mas precisava desenvolver o protótipo de forma manual. Hoje, o desenho vem direto para a máquina que já entrega o modelo praticamente pronto.
“Então, isso foi muito importante para que a gente pudesse sair na frente da concorrência, respondesse de forma mais ágil, mais precisa, com mais qualidade para novos desenvolvimentos que foram chegando na retomada do mercado”, afirma Erick de Souza, diretor-comercial da empresa.
Nesse sentido, a indústria 4.0 é ponto chave, o que envolve vários processos, que vão desde automação e robótica até a integração das cadeias de engenharia em modelos digitais.
“Temos visto entre 15% e 30% de ganho de eficiência em engenharia e produção”, afirma Pablo Fava, CEO da Siemens.
Cagnin, economista do IEDI, lembra que são poucas empresas que mostram condições de serem classificadas como indústria 4.0 ou muito próximo disso no Brasil. “Geralmente são indústrias de maior porte que participam do mercado internacional”, diz. “A gente está fazendo movimentos em direção a indústria 4.0; isso está no radar do setor público, mas o que deixa a desejar são as ações práticas nessa direção.”
A eficiência na produção, por meio da tecnologia, traz o desafio de processos mais sustentáveis ambientalmente. “Cada vez mais a gente coloca na nossa geração de valor e nos modelos digitais virtuais computadorizados, a questão da segurança da informação”, aponta Fava, CEO da Siemens.
Fonte: CNN Brasil